6 de janeiro de 2011

O Corso no Carnaval

A idéia foi das filhas do Presidente Afonso Pena, que fizeram um passeio de automóvel pela avenida Beira Mar, no Rio de Janeiro, o ano era 1907, e aconteceu de brincadeira essa idéia de se fazer uma festa como a Batalha das Flores realizada na Cidade de Nice, Sul da França, assim fizeraam algumas carruagens enfeitadas puxadas por cavalos, e com o passar dos anos essa festa se tornou um grande desfile acompanhado por automóveis conversíveis enfeitados e seus ocupantes fantasiados, integrantes da alta sociedade carioca que eram acompanhados por uma banda de música que tocava marchinhas de carnaval seguido por dezenas de foliões que percorriam o eixo da Av. Central, e outro grupo que vinha da Av. Beira Mar, ao se cruzarem os ocupantes dos veículos lançavam serpentinas, confetes e lança perfumes uns nos outros.
Essa brincadeira era exclusiva das elites que possuiam carros ou para alguem que podia pagar um carro de aluguel para brincar o carnaval e não durou muito tempo para esta idéia chegar na Cidade de São Paulo, onde a alta sociedade paulistana tinha o privilégio de brincar um carnaval de forma sadia, alegre, inocente e divertido, o palco era a Av. Paulista cercada de árvores e palacetes dos tradicionais barões do café que enfeitavam seus jardins com serpentinas e se fantasiavam de palhaços, pierros e colombinas em seus carros conversíveis circulavam de ponta a ponta sem parar, a frente o carro principal tocando marchinhas de carnaval, os blocos mais conhecidos nesta época era os Felicianos e os Tenentes do Diabo, eternamente riváis.
A cada ano que se passava o desfile e o corso de automóveis aumentava e modificava seu trajeto pelo número de pessoas que participavam acompanhando os veículos atrás, em 1931 ao meio das agitações políticas o corso saiu da Av. Paulista e veio parar no bairro do Pari e Bráz, terminando na Av. Celso Garcia, em 1935 saia da Av. Paulista, descia a Rua da Consolação e ia até o final da Av. São João, retornava indo para a Rua Barão de Itapetininga, atravessava o Viaduto do Chá, e tinha o seu final na Praça do Patriarca, no ano seguinte já parava no Largo do São Francisco em 1938 saia da Av. Paulista passava por todo o centro e terminava na Av. Brigadeiro Luis Antonio.
Em 1939 fazia todo esse trajeto e só paravaa de volta na Av. Paulista ( mais parecendo o trajeto usado na Corrida de São Silvestre no final do ano ) na frente os automóveis conversíveis iam todos da época enfeitados, com seus ocupantes fantasiados, seguidos por carroças de seis cavalos enfeitadas cada uma com um tema alegórico diferente, seus ocupantes jogavam serpentinas, confetes e lança perfumes nas pessoas que participavam e assistiam ao desfile, em 1940 com a popularidade dos automóveis os foliões das classes alta e média se afastaram desta comemoração dando preferência a bailes de salão em clubes particulares fechados.
Em 1942 com o começo da Segunda Grande Guerra Mundial o corso acabaria de vez , onde as festividades carnavalescas mais procuradas eram os bailes do Municipal no Rio de Janeiro e os bailes de salão dos grandes clubes da Cidade de São Paulo, mais isso já é uma outra história que contaremos com certeza por aqui, aguardem. pesquisa Carlos Guimarães.

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