6 de janeiro de 2011

VEMAG - DKW



Em 1945 a empresa Distribuidora de Automóveis Studebaker montava  distribuía no Brasil, veículos da marca Studebaker, Kenworths, e Ferguson. Sendo que para atingir uma faixa mais ampla no mercado a Vemag tornou- se acionista de empresas representantes como a Massey Harris empresa de tratores,  a Scania Vabis, fabricante de caminhões e ônibus, onde a estas fornecia peças e componentes estampados.  

O ano é 1955, foi o inicio para a industrialização de veículos Nacionais no Brasil, sendo lançado os primeiros desenhos e projetos, construção de fábricas, contratação de funcionários, e em 1956, marca o lançamento do primeiro automóvel de fabricação Nacional, a perua DKW Vemag, cópia modificada da perua DKW – Auto Union  alemã, sendo esta iniciativa pioneira da Vemag S/A Veículos e Maquinas Agrícolas, Industria esta fundada um ano antes instalada em uma área de 87.114 m2no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Em 1958, a fabrica da Vemag – DKW lançou no mercado brasileiro um grande sucesso, o Belcar DKW, sendo o primeiro automóvel da linha Vemaguet, e logo em seguida veio o jipe , o Candango em homenagem aos nordestinos que construíram a Capital Federal Brasília.


O Belcar- DKW,  marcou seu sucesso pela durabilidade, velocidade, resistência, e estabilidade conquistada nas pistas do Autódromo de Interlagos, disputando posições com veículos muito mais potentes. Até 1959, todos os modelos Vemag – DKW, eram equipados com um motor tricilindrico de dois tempos de 900 cm3, que desenvolvia 4.250 rpm e 38 cv , sendo estes os únicos veículos fabricados no Brasil com motor de dois tempos. A´pesar da pequena diferença de potência o Belcar DKW e a perua Vemaguet podiam com muito conforto transportar até seis pessoas e ainda possuía um grande espaço para bagagens. E ainda apresentava uma novidade para a época, a sua lubrificação feita com óleo e gasolina , não tinham válvulas ou outras peças móveis que este sistema simples supõe, apresentando esquema complexo de distribuição com um platinado para cada cilindro e uma bobina, sendo os dois modelos com sistema de roda livre que consistia em um dispositivo em conexão com o câmbio. Onde quando o veículo ligado o dispositivo impedia que o motor fosse impulsionado pelas rodas no momento da desaceleração permitindo assim maior economia sendo ainda os primeiros veículos de fabricação Nacional a receberem sincronização nas quatro marchas no ano de 1960.


 Em 1961 o Belcar DKW veio para o mercado brasileiro com ampliação nas suas portas traseiras e um diferencial modificado de 4,72 para 5,15 melhorando assim a sua aceleração. Com o seu conjunto de linhas européias o Belcar DKW, tinha o problema com o nosso clima tropical com a aerodinâmica oferecendo resistência ao ar com a sua frente mais larga que a traseira, e com uma pequena novidade que chamava a atenção, sendo a sua primeira marcha para com a sua alavanca de quatro marchas na coluna da direção sendo que a primeira ficava para baixo e a segunda para cima diferente dos veículos tradicionais da época. Onde seu consumo era de 8,3 e 9,1 por km/litro, chegando a velocidade de 122 km/h. Em 1964 a fabrica da Vemag DKW apresentava uma nova série a 1001 com novo sistema de abertura nas portas, novas alavancas, revestimento nos porta- malas, painel estofado, caracterizavam esta linha e neste mesmo ano veio também a DKW Fissore com um chassi em X do DKW- Vemag marcou como um Sedan de muito luxo com um ótimo acabamento, e com 10 cv a mais de diferença do Belcar, chegando a 4.500 rpm , chegando a velocidade de 125 km?h em 23 segundos.


Em 1965 a Vemag DKW apresentava a série RIO , com uma nova grade dianteira, novos paralamas, quatro faróis, passando de 6para 12 volts, substituindo o alternador em lugar do dínamo, com uma suspensão mais eficiente e muito luxo e conforto. Em 1965, a absorção do Grupo Auto Union compreendendo as marcas Audi e DKW, pela Volkswagen trouxe grave conseqüência para o Brasil em 1967 quando a Volkswagen brasileira assumiu o controle da Vemag suspendendo definitivamente a produção dos veículos daquela fabrica.

Pesquisa – Carlos Guimarães

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